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sexta-feira, dezembro 15, 2006

APARELHOS ELECTRÓNICOS PERIGOSOS PARA O MEIO AMBIENTE

A grande maioria dos aparelhos electrónicos contêm uma variedade de substâncias e materiais que podem ser prejudiciais se não forem tratados aquando do seu fim de utilização. A Europa gera cada ano uma quantidade de lixo electrónico suficiente para enterrar a cidade de Nairobi.

João Pinheiro da Costa

Desde o primeiro telemóvel que pesava quase tanto como um pacote de leite e tinha uma autonomia de conversação apenas de 15 minutos, que muitas coisas mudaram. Hoje em dia, pesam 100 gramas e pode-se falar por oito ou nove horas. A sua impressão digital no meio ambiente não passa despercebida.
Como todos os equipamentos electrónicos, os telefones móveis contêm uma variedade de substâncias que podem prejudicar o meio ambiente se não se der um fim adequado. Metais pesados como o chumbo, o cádmio e o mercúrio estão presentes neste tipo de aparelhos, especialmente nos mais antigos. Estas substâncias estão relacionadas com alguns tipos de cancro e outro tipo de doenças e podem ter um efeito devastador na natureza.
Segundo dados da Comissão Europeia, cada cidadão da UE produz em média cerca de 14 kg de lixo tecnológico, mais de 90% dos resíduos electrónicos são depositados em aterros ou se incineram.
Apesar de os telefones móveis representarem uma pequena percentagem em toda a quantidade de lixo electrónico produzido, os fabricantes estão conscientes da necessidade de reverter este problema. As principais companhias, Motorola, LG, Sony, Ericsson e Philips introduziram medidas de protecção ambiental, em muitos dos casos reduziram a quantidade de substâncias perigosas, pois cada vez mais as empresas recebem a certificação segundo as normas ISO (International Organization for Standardization), o que obriga as empresas a tratar do lixo que elas produzem.

O Programa da ONU para o meio ambiente estima que a cada ano se geram 50 milhões de toneladas de resíduos de aparelhos electrónicos, sendo a maioria enviados do Ocidente para os países de terceiro mundo. Antes, muitos destes resíduos acabavam na China e na Índia mas com as novas legislações, muitos destes resíduos encaminham-se agora para África, onde tem uma fraca probabilidade de serem tratados convenientemente. As estatísticas mostram que a China se desfaz de 5 milhões de televisores, 4 milhões de frigoríficos, 6 milhões de máquinas de lavar roupa e 10 milhões de telemóveis. Com o reforço das medidas ambientais nesta matéria, a China desde 2002 baniu a importação de lixo electrónico.
Numa recente reunião sobre este mesmo tema foi dito que: A Europa gera cada ano, uma quantidade de lixo electrónico suficiente para enterrar a cidade de Nairobi.

2 Comments:

  • Quando se vai começar a reciclar este lixo em Portugal?
    Isto não dá dinheiro.
    Mas o cobre sim,dá dinheiro.

    By Anonymous Anónimo, at quinta-feira, dezembro 28, 2006 12:16:00 da tarde  

  • um pouco em acordo com o dito acima, apenas quando se tratar de um negocio rendável pode-se começar a tratar desse lixo eletronico. Devo acrescentar que se prestarem um pouco atenção, o serviço de ecoponto que era inicialmente prestado pelas várias câmaras passou a ser gerido pela ValorSul ou outras empresas. Ou seja, mais uma vez, por inificiencia de gestao publica, o ecoponto ganhou cariz privado e melhor gestao. Basta esperar entao que alguem tenha paciencia para desmontar telemoveis e televisoes para se aproveitarem todos os plásticos. Quanto aos metais pesados ainda nao se sabe muito bem o que fazer com eles hoje em dia. Nem na Europa nem em Africa

    By Anonymous Anónimo, at quinta-feira, junho 28, 2007 10:13:00 da tarde  

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