O regresso do D. Sebastião
Pessoalmente, e por princípio, sou contra o regresso das mesmas pessoas aos mesmos lugares, ainda mais quando os abandonaram por mero interesse pessoal. Portas vai regressar, não à política nacional, pois as vestes de agente político nunca foram por si despidas, mas à liderança de um partido que, com Portas, quer dominar o centro-direita português.
É essa a grande novidade do regresso do Messias, do D. Sebastião democrata-cristão: a ocupação pelos centristas do espaço político pertencente ao PSD. Se Marques Mendes continuar à frente dos sociais-democratas, a tarefa não se augura como muito árdua. Portas, e os seus soldados, pretendem lançar uma OPA sobre o eleitorado do PSD, uma OPA certamente hostil.
Surge, agora, uma questão. Que Paulo Portas vai regressar? O das feiras? O ministro da Defesa, de estilo grave e austero? O apoiante dos Homens da lavoura, de boina a esconder o cabelo pintado? O director d´ O Independete? O Portas conservador, defensor da boa moral cristã? O Portas Liberal? Talvez seja essa a única grande dúvida que resta. Ou talvez não, visto que o novo líder centrista tem de consubstanciar em si um pouco dos todos os “Portas” que ele já criou, sob pena de não alcançar o pedestal que há tanto persegue: a liderança hegemónica da direita portuguesa.
Uma tarefa difícil o espera, louve-se a coragem do homem. Porém, não pode sair Paulo Portas imaculado de todo este processo. O que ele fez foi atacar o seu partido durante dois anos, com o único escopo de conseguir criar uma conjuntura perfeita para o seu regresso. E Essa conjuntura existe: o partido deseja Portas, o país precisa de Portas, sob pena da oposição em Portugal perecer e Portas quer o partido e o país. Porém, com todos estes acontecimentos tristes para a política nacional inerentes ao Conselho Nacional de Óbidos, a imagem de Paulo Portas sai com uma enorme e muito escura mácula.
A direcção de Ribeiro e Castro nunca pode centrar-se em fazer oposição, nem teve tempo de aprender a fazê-la, pois esteve sempre entretida em conflitos internos, esteve sempre ocupada em combater o famigerado “antagonismo militante”. Em política, a ideologia tem pouco valor e a honra dos seus agentes ainda menos valor tem, sendo os objectivos pessoais de cada um a predicar as acções políticas.
Eu, afastado das hostes centristas e de qualquer posição na cena política nacional, vejo com regozijo o regresso de Paulo Portas à liderança do CDS/PP. Vai ser afastado, não obstante o modo maquiavélico subjacente a tal vendetta política, um líder que nunca soube cumprir a sua função e exercer as suas competências, ocupando o seu lugar alguém que realmente sabe qual o seu papel e tem os seus objectivos e os objectivos do partido – que se confundem em demasia – bem delineados.
Paulo Portas, bem vindo sejas.
Apesar do regresso de Portas à liderança dos centristas ser quase um certeza, existe, pois ainda estamos em democracia, a possibilidade de Ribeiro e Castro continuar no poder, provocando uma derrota de morte a Portas e aos seus companheiros.
Se Ribeiro e Castro derrotar Portas, quer em directas quer em congresso, certamente vai sair um líder fortalecido, com a áurea de quem ganha uma titânica e quase perdida batalha. Se Ribeiro e Castro ganhar a Portas ganhou a guerra. Morre o general, a guerra acaba.
Assim, se sair vencedor, Ribeiro e Castro já não tem desculpa para não ter na sua liderança a exigida assertividade que tanto lhe tem faltado.
É essa a grande novidade do regresso do Messias, do D. Sebastião democrata-cristão: a ocupação pelos centristas do espaço político pertencente ao PSD. Se Marques Mendes continuar à frente dos sociais-democratas, a tarefa não se augura como muito árdua. Portas, e os seus soldados, pretendem lançar uma OPA sobre o eleitorado do PSD, uma OPA certamente hostil.
Surge, agora, uma questão. Que Paulo Portas vai regressar? O das feiras? O ministro da Defesa, de estilo grave e austero? O apoiante dos Homens da lavoura, de boina a esconder o cabelo pintado? O director d´ O Independete? O Portas conservador, defensor da boa moral cristã? O Portas Liberal? Talvez seja essa a única grande dúvida que resta. Ou talvez não, visto que o novo líder centrista tem de consubstanciar em si um pouco dos todos os “Portas” que ele já criou, sob pena de não alcançar o pedestal que há tanto persegue: a liderança hegemónica da direita portuguesa.
Uma tarefa difícil o espera, louve-se a coragem do homem. Porém, não pode sair Paulo Portas imaculado de todo este processo. O que ele fez foi atacar o seu partido durante dois anos, com o único escopo de conseguir criar uma conjuntura perfeita para o seu regresso. E Essa conjuntura existe: o partido deseja Portas, o país precisa de Portas, sob pena da oposição em Portugal perecer e Portas quer o partido e o país. Porém, com todos estes acontecimentos tristes para a política nacional inerentes ao Conselho Nacional de Óbidos, a imagem de Paulo Portas sai com uma enorme e muito escura mácula.
A direcção de Ribeiro e Castro nunca pode centrar-se em fazer oposição, nem teve tempo de aprender a fazê-la, pois esteve sempre entretida em conflitos internos, esteve sempre ocupada em combater o famigerado “antagonismo militante”. Em política, a ideologia tem pouco valor e a honra dos seus agentes ainda menos valor tem, sendo os objectivos pessoais de cada um a predicar as acções políticas.
Eu, afastado das hostes centristas e de qualquer posição na cena política nacional, vejo com regozijo o regresso de Paulo Portas à liderança do CDS/PP. Vai ser afastado, não obstante o modo maquiavélico subjacente a tal vendetta política, um líder que nunca soube cumprir a sua função e exercer as suas competências, ocupando o seu lugar alguém que realmente sabe qual o seu papel e tem os seus objectivos e os objectivos do partido – que se confundem em demasia – bem delineados.
Paulo Portas, bem vindo sejas.
Apesar do regresso de Portas à liderança dos centristas ser quase um certeza, existe, pois ainda estamos em democracia, a possibilidade de Ribeiro e Castro continuar no poder, provocando uma derrota de morte a Portas e aos seus companheiros.
Se Ribeiro e Castro derrotar Portas, quer em directas quer em congresso, certamente vai sair um líder fortalecido, com a áurea de quem ganha uma titânica e quase perdida batalha. Se Ribeiro e Castro ganhar a Portas ganhou a guerra. Morre o general, a guerra acaba.
Assim, se sair vencedor, Ribeiro e Castro já não tem desculpa para não ter na sua liderança a exigida assertividade que tanto lhe tem faltado.
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